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DANI E O PCDOB: UMA HISTÓRIA ENTRELAÇADA DE LUTA, CULTURA E TRANSFORMAÇÃO SOCIAL

A trajetória de Dani Balbi não pode ser contada sem mencionar a história do Partido Comunista do Brasil (PCdoB), assim como não  se compreende o caminho recente do partido sem reconhecer o papel de Dani como uma de suas vozes mais potentes no século XXI. Mulher trans, negra, intelectual, artista e militante, Dani simboliza a síntese de uma nova geração que atualiza os ideais históricos da legenda fundada em 1922 — hoje uma das mais antigas em atividade no país — sem abandonar suas raízes na luta por um Brasil soberano, justo e popular.

Nascida na Zona Norte do Rio de Janeiro em 1989, Dani teve toda sua formação em instituições públicas, o que moldou seu compromisso com a defesa intransigente da educação pública, gratuita e de qualidade. Aos 16 anos, ainda estudante secundarista, já se integrava aos movimentos sociais e estudantis. Foi nesse chão de lutas que encontrou o PCdoB — um partido com longa tradição na organização da juventude, na resistência democrática e no combate às opressões. Desde então, sua militância caminhou lado a lado com as bandeiras do partido.

 

Doutora em Ciência da Literatura pela UFRJ, onde também se tornou a primeira professora transexual da universidade, Dani construiu uma sólida trajetória intelectual e artística, marcada pela crítica social e pelo engajamento político. Sua obra como roteirista, dramaturga e pesquisadora sempre teve como eixo a denúncia da marginalização de corpos dissidentes e a revalorização de narrativas silenciadas. Essa interseção entre cultura, política e educação a tornou referência nacional — um perfil que dialoga diretamente com o PCdoB, partido que tem na cultura uma trincheira estratégica de disputa por hegemonia.

 

Durante os anos de 2015 e 2016, Dani esteve ao lado de seu partido na luta contra o golpe parlamentar que destituiu a presidenta Dilma Rousseff. Foi uma das vozes que, tanto nas ruas quanto nos espaços acadêmicos e culturais, denunciaram o caráter antidemocrático e misógino daquele processo. O golpe foi um marco não só na história do país, mas também na consolidação do papel político de Dani, que passou a ocupar ainda mais centralmente o debate público sobre democracia, direitos e justiça social.

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Já sob o governo Bolsonaro, sua atuação se intensificou na resistência às políticas de desmonte da educação, da cultura e dos direitos humanos. Em meio ao avanço do autoritarismo e da violência política, Dani e o PCdoB mantiveram-se firmes na construção de frentes amplas em defesa da democracia, da vida e da ciência — seja nas redes, nas universidades ou nas mobilizações populares. Sua luta contra o apagamento da memória e da história brasileira se traduziu tanto na sua produção acadêmica e artística quanto na sua militância cotidiana.

 

Em 2022, essa militância encontrou eco nas urnas. Com mais de 65 mil votos, Dani Balbi foi eleita a primeira deputada estadual transexual do Rio de Janeiro — uma vitória histórica não apenas para o movimento LGBTQIA+, mas também para o PCdoB, que viu em sua candidatura a expressão de um partido que, ao longo de um século, não apenas resistiu, mas se reinventou. Sua eleição representou a força das mulheres, das pessoas trans, dos trabalhadores da cultura e da educação e de todas as vozes historicamente silenciadas.

 

Na Alerj, Dani honra sua história e a do seu partido. Em seu primeiro ano de mandata, protocolou mais de 145 proposições, entre elas o projeto que garante reserva de vagas no ensino superior para pessoas trans. Presidindo a Comissão de Trabalho, Legislação Social e Seguridade Social, e sendo titular das comissões de Cultura e de Ciência & Tecnologia, Dani promoveu debates decisivos sobre financiamento da cultura, democratização da tecnologia e políticas públicas para as populações mais vulneráveis. Foi dela, também, a articulação para a aprovação da primeira lei de cotas de telas do estado do Rio de Janeiro — iniciativa pioneira no país.

 

Outro marco recente dessa trajetória foi a construção do Festival Vermelho, realizado em Niterói em 2023, reunindo milhares de pessoas em torno da arte, da política e da cultura popular. Ao lado de nomes históricos e de novas lideranças do campo progressista, Dani foi figura central na mobilização que transformou o evento em um símbolo da reconstrução das forças de esquerda no Brasil. O festival reafirmou o PCdoB como um partido profundamente ligado à cultura e à juventude — e Dani como uma das suas principais embaixadoras nesse novo ciclo de lutas.

 

Dani Balbi representa o futuro que o PCdoB ajudou a semear: um Brasil onde os espaços de poder estejam abertos à diversidade, à inteligência popular, à sensibilidade artística e à radicalidade democrática. Sua mandata não é apenas um exercício parlamentar, mas uma experiência política transformadora que recoloca no centro do debate a possibilidade de um país mais justo, plural e emancipado. Ela é, ao mesmo tempo, herdeira e protagonista da história do Partido Comunista do Brasil. Uma história viva, em movimento — como ela mesma.

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©2025 por Dani Balbi

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